Conheça o arquétipo 12

Representado pelas polaridades A “A Nas Nuvens” e B “A Prática”.

12A A Nas Nuvens

Entendendo:
A Nas Nuvens é a expressão de uma força psicológica que valoriza ludicidade e descontração acima de praticidade e seriedade. Para ela, o diálogo é um labirinto, onde as ideias fluem de forma abstrata, criativa e, às vezes, desconexa. Essa polaridade reflete uma necessidade de explorar o mundo das possibilidades sem as limitações impostas pela objetividade, mas pode, quando desequilibrada, frustrar quem busca soluções concretas ou caminhos claros.

Psicologicamente, A Nas Nuvens pode estar associada a um desejo de escapar das estruturas rígidas do pensamento prático, encontrando refúgio na criatividade e na espontaneidade. Embora essa postura traga leveza e originalidade para as interações, ela pode dificultar o progresso em discussões que exigem foco e resolução.

Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Nas Nuvens nos desafia a equilibrar imaginação com propósito. Ela nos lembra que a exploração criativa é essencial para enriquecer o diálogo, mas que isso deve ser equilibrado com o compromisso de avançar em direção a resultados práticos e colaborativos.

Aplicando:
Ao interpretar A Nas Nuvens no jogo, é essencial demonstrar uma postura abstrata e subjetiva, utilizando metáforas e figuras de linguagem para se comunicar. Imagine-se como alguém que transforma o diálogo em uma exploração criativa, sem se preocupar em estabelecer um raciocínio objetivo ou conclusivo. A Nas Nuvens conduz o grupo por caminhos simbólicos e imaginativos, desviando-se de argumentos práticos e deixando os outros livres para interpretar suas palavras.

Na prática, um jogador que representa A Nas Nuvens deve trazer contribuições que desafiem a estrutura lógica do diálogo, mantendo um tom poético ou filosófico. Por exemplo, em um tema como “Tecnologia no Cotidiano”, ela pode falar sobre o impacto tecnológico de forma simbólica, sem oferecer ideias concretas ou práticas.

Exemplo de fala no diálogo:
“A tecnologia é como uma teia de aranha invisível. Nós a construímos, mas ela também nos prende, de formas que nem sempre conseguimos perceber. Talvez o maior desafio seja entender se somos os aranhas ou as presas.”

Aqui, A Nas Nuvens utiliza metáforas para expressar sua perspectiva, evitando conclusões objetivas ou práticas e incentivando interpretações mais livres e subjetivas do tema.

Refletindo:

Perguntas de auto-investigação:

  • Em quais momentos da minha vida sinto prazer em explorar ideias sem a pressão de encontrar soluções concretas?

  • Como me sinto ao perceber que minha postura criativa pode frustrar aqueles que buscam resultados rápidos?

  • Existe algo que eu esteja evitando ao preferir o mundo das ideias ao compromisso com a prática?

  • Quais impactos minha postura lúdica tem em minhas relações pessoais e profissionais?

  • Como seria um diálogo onde minha criatividade estivesse equilibrada com a clareza e a objetividade?

Equilibrando:

  1. Foco no Propósito: Antes de iniciar uma conversa, reflita sobre o objetivo central e comprometa-se a alinhar suas contribuições com esse propósito, mesmo que use criatividade para enriquecer o diálogo.

  2. Reconhecendo a Necessidade de Clareza: Durante uma semana, pratique finalizar pelo menos uma ideia ou proposta em cada conversa, garantindo que suas contribuições sejam compreensíveis para os outros.

  3. Perguntas Construtivas: Use sua imaginação para propor soluções criativas que ajudem o grupo a avançar, em vez de apenas abrir novos caminhos abstratos.

  4. Autogestão Criativa: Reserve momentos para explorar livremente suas ideias e reflexões, mas equilibre isso com períodos dedicados à resolução prática de problemas.

  5. Conexão com os Outros: Ao compartilhar metáforas ou conceitos abstratos, pergunte aos outros como eles interpretam suas ideias, promovendo um diálogo mais colaborativo.

12B A Prática

Entendendo:
A Prática é a expressão de uma força psicológica que valoriza praticidade e seriedade acima de ludicidade e descontração. Para ela, o diálogo é uma resolução, onde o foco está em encontrar soluções concretas e aplicar ideias de forma objetiva. Essa polaridade reflete uma necessidade de eficiência e propósito, mas, quando desequilibrada, pode tornar o diálogo rígido ou desinteressante, sacrificando a criatividade e o entusiasmo do grupo.

Psicologicamente, A Prática pode estar associada a experiências que reforçaram a importância de resultados tangíveis e do aproveitamento otimizado do tempo. Ela acredita que o diálogo só é produtivo quando conduz a conclusões claras, mas pode negligenciar a riqueza que a exploração de ideias mais abertas pode trazer.

Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Prática nos lembra que o compromisso com soluções práticas é fundamental, mas que a abertura para caminhos menos óbvios também pode enriquecer o diálogo. Ela nos ensina que eficiência e conexão não precisam ser excludentes, e que a seriedade pode ser equilibrada com um toque de criatividade.

Aplicando:
Ao interpretar A Prática no jogo, é essencial demonstrar uma postura que combina praticidade com uma visão positiva e construtiva. Imagine-se como alguém que conclui os diálogos de maneira produtiva, destacando soluções ou interpretações que promovam avanços, mesmo quando os outros tendem a focar no lado negativo. A estratégia de A Prática é sintetizar o que foi dito, recontextualizando ideias de forma clara e otimista, sempre direcionando o grupo para conclusões úteis e aplicáveis.

Na prática, um jogador que representa A Prática deve agir como um catalisador para encerrar discussões dispersas ou pessimistas com propostas construtivas. Por exemplo, em um tema como “Justiça”, se o grupo estiver focando nos desafios e falhas do sistema, ela pode apontar melhorias possíveis ou reinterpretar os pontos apresentados sob uma perspectiva de potencial positivo.

Exemplo de fala no diálogo:
“Entendo que a corrupção seja um grande problema, mas o fato de estarmos discutindo isso já mostra que há espaço para mudanças. Talvez possamos pensar em maneiras de incentivar maior transparência e participação popular no sistema.”

Refletindo:

Perguntas de auto-investigação:

  • Em quais momentos da minha vida sinto necessidade de direcionar conversas para soluções práticas?

  • Como me sinto ao perceber que minha postura objetiva pode limitar a criatividade ou a abertura de outros participantes?

  • Existe algo que eu esteja negligenciando ao priorizar resultados tangíveis em detrimento de conexões mais leves ou criativas?

  • Quais impactos minha postura prática tem em minhas relações pessoais e profissionais?

  • Como seria um diálogo onde minha eficiência estivesse equilibrada com maior abertura para ideias e reflexões mais livres?

Equilibrando:

  1. Explorando Ideias: Durante uma semana, reserve espaço em cada conversa para ouvir ou propor ideias menos imediatas, permitindo que a criatividade flua antes de sintetizar conclusões.

  2. Aceitando a Incerteza: Reflita sobre situações onde o processo de discussão, mesmo sem resultados claros, trouxe aprendizados ou conexões significativas, e valorize esses momentos.

  3. Incorporando Ludicidade: Experimente usar metáforas ou abordagens criativas para explicar ou desenvolver soluções, tornando o diálogo mais engajante.

  4. Valorizando a Colaboração: Incentive o grupo a explorar ideias antes de sintetizá-las, demonstrando que resultados práticos podem surgir de processos mais abertos.

  5. Reconhecendo a Jornada: Após um diálogo focado, identifique elementos enriquecedores que foram além do objetivo imediato, celebrando o equilíbrio entre eficiência e profundidade.