Conheça o arquétipo 4
Representado pelas polaridades A “A Desinteressada” e B “A Interessada”.


4A A Desinteressada
Entendendo:
A Desinteressada é a expressão de uma força psicológica que valoriza a autonomia e a liberdade de escolha acima da interação social. Para ela, o diálogo é uma perda de tempo, uma distração desnecessária de seus objetivos ou interesses pessoais. Essa polaridade reflete uma busca por independência e eficiência, mas que, quando desequilibrada, negligencia a importância da escuta ativa e da presença nas relações interpessoais.
Psicologicamente, A Desinteressada pode estar ligada a experiências em que o valor do tempo ou da produtividade foi excessivamente priorizado, levando a uma desconexão das necessidades emocionais dos outros. Ela frequentemente interpreta diálogos como obrigações, em vez de oportunidades de aprendizado ou troca.
Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Desinteressada nos desafia a encontrar o equilíbrio entre a valorização do tempo e a importância do envolvimento nas relações. Quando equilibrada, essa polaridade pode ensinar a definir prioridades e a evitar desperdícios de energia em conversas improdutivas. No entanto, em excesso, ela pode minar os relacionamentos e criar um ambiente de desinteresse e desconexão.
Aplicando:
Ao interpretar A Desinteressada no jogo, é essencial demonstrar uma postura apática e desengajada, questionando a relevância do diálogo e ignorando ativamente os pontos de vista alheios. Imagine-se como alguém que vê o diálogo como uma distração desnecessária e, portanto, se recusa a investir energia ou interesse no tema em questão. A Desinteressada frequentemente descarta as contribuições dos outros, enfatizando sua falta de interesse e minimizando a importância da conversa.
Na prática, um jogador que representa A Desinteressada deve desviar o foco do diálogo, utilizando respostas curtas e até mesmo sinais de impaciência ou desdém. Por exemplo, em um tema como “Meio Ambiente”, ela pode minimizar os problemas apresentados, sugerindo que a discussão não leva a soluções práticas ou úteis.
Exemplo de fala no diálogo:
“Eu não vejo por que estamos falando sobre isso. Todo mundo já sabe que o problema existe, mas não faz diferença discutir isso aqui.”
Aqui, A Desinteressada desvaloriza o tema e demonstra desinteresse em engajar com os argumentos dos outros, criando um clima de indiferença no diálogo.
Refletindo:
Perguntas de auto-investigação:
Em quais momentos da minha vida me sinto desconectado ou indiferente em diálogos?
Como me sinto ao perceber que outras pessoas estão interessadas em um tema que considero irrelevante?
Existe algo que eu esteja evitando ao não me envolver em conversas ou discussões?
Quais impactos minha postura desinteressada pode ter em minhas relações pessoais e profissionais?
Como seria um diálogo onde eu harmonizasse minha necessidade de liberdade com a disposição de me envolver mais nas interações?
Equilibrando:
Praticando a Presença: Durante uma semana, dedique-se a participar plenamente de pelo menos um diálogo por dia, mesmo que o tema não seja do seu interesse inicial.
Foco na Empatia: Antes de uma conversa, reflita sobre como o tema pode ser importante para os outros e tente enxergar o diálogo sob a perspectiva deles.
Identificação de Benefícios: Após cada conversa, faça uma lista de pelo menos três coisas que você aprendeu ou valorizou, mesmo que não tivesse interesse inicial.
Criando Conexões: Experimente fazer uma pergunta aberta em cada diálogo para se envolver mais ativamente e demonstrar curiosidade genuína.
Gerenciamento de Tempo: Se sentir que diálogos longos o sobrecarregam, pratique estabelecer limites gentis, como: “Tenho tempo para discutir isso por mais cinco minutos, depois preciso voltar a um compromisso.”
4B A Interessada
Entendendo:
A Interessada é a expressão de uma força psicológica que valoriza profundamente a escuta ativa e a conexão genuína com os outros. Para ela, o diálogo é uma oportunidade de simpatia e de se envolver ativamente nas experiências e perspectivas alheias. Essa polaridade reflete uma busca por construir vínculos e nutrir relações através de sua presença atenta e de seu interesse sincero nos temas discutidos.
Psicologicamente, A Interessada está associada à valorização da empatia e à capacidade de priorizar a experiência do outro no momento do diálogo. No entanto, quando desequilibrada, pode se sobrecarregar emocionalmente ao absorver demais as preocupações ou interesses dos outros, esquecendo-se de suas próprias necessidades.
Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Interessada nos lembra da importância de se conectar de maneira respeitosa e construtiva. Ela nos ensina que estar presente no diálogo é um presente que oferecemos aos outros e a nós mesmos. No entanto, o equilíbrio é essencial para evitar que o interesse genuíno se torne um peso emocional ou uma forma de negligenciar as próprias prioridades.
Aplicando:
Ao interpretar A Interessada no jogo, é essencial demonstrar uma postura simpática e curiosa, focada em engajar com as opiniões dos outros por meio de perguntas construtivas. Imagine-se como alguém que reconhece e valida as ideias alheias, buscando criar um diálogo agradável e fluido, mas sem necessariamente se aprofundar emocionalmente nas experiências ou sentimentos dos outros. A Interessada utiliza a simpatia para criar um ambiente leve e acolhedor, incentivando as pessoas a explorarem mais seus pontos de vista.
Na prática, um jogador que representa A Interessada deve fazer perguntas que estimulem os outros a elaborarem suas ideias, sempre de forma construtiva e respeitosa. Por exemplo, em um tema como “Educação”, ela pode incentivar uma conversa ao elogiar e expandir uma sugestão dada, conectando-a a outras possibilidades.
Exemplo de fala no diálogo:
“Gostei muito da sua ideia sobre ensinar sustentabilidade nas escolas. Como você acha que isso poderia ser aplicado em cidades menores? Parece que tem bastante potencial.”
Aqui, A Interessada demonstra simpatia ao reconhecer a contribuição inicial, mas foca em estimular a discussão com uma pergunta que ajuda a construir sobre o que foi apresentado, mantendo um tom leve e curioso.
Refletindo:
Perguntas de auto-investigação:
Em quais momentos da minha vida sinto prazer em me conectar profundamente com os outros por meio do diálogo?
Como me sinto quando percebo que meu interesse ajuda a enriquecer a conversa?
Existe algo que eu esteja negligenciando ao priorizar as necessidades de escuta e conexão no diálogo?
Quais impactos minha postura interessada pode ter em minhas relações pessoais e profissionais?
Como seria um diálogo onde meu entusiasmo e interesse pelos outros estivessem equilibrados com a valorização de minhas próprias opiniões?
Equilibrando:
Autonomia Emocional: Durante uma semana, pratique escutar sem absorver completamente as emoções dos outros, reconhecendo a importância de manter seus próprios limites emocionais.
Pausa para Reflexão: Antes de cada conversa, reflita sobre quais temas são mais importantes para você e busque incluir sua perspectiva de maneira assertiva.
Gestão de Energia: Identifique diálogos em que você se sentiu sobrecarregado e experimente delegar ou limitar sua participação quando necessário.
Espaço para Si: Reserve momentos após conversas intensas para refletir sobre suas próprias opiniões e necessidades, fortalecendo seu senso de equilíbrio.
Perguntas Intencionais: Ao fazer perguntas em um diálogo, avalie se elas promovem não apenas a conexão, mas também a colaboração mútua, em vez de centralizarem o foco exclusivamente no outro.em o foco exclusivamente no outro.
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