Conheça o arquétipo 2
Representado pelas polaridades A “A Convencida” e B “A Humilde”.


2A A Convencida
Entendendo:
A Convencida é a expressão de uma força psicológica que busca intensamente atenção e apreciação. Para ela, o diálogo é uma palestra, onde a audiência ideal é composta por ouvintes atentos e admiradores silenciosos. Essa polaridade reflete uma necessidade de validação externa que pode mascarar inseguranças internas. Mostrar-se competente, importante ou até mesmo superior é, para A Convencida, uma maneira de garantir a própria relevância.
Psicologicamente, essa polaridade pode estar relacionada a experiências de desvalorização ou falta de reconhecimento no passado, o que a leva a adotar uma postura mais performática no presente. A Convencida usa o diálogo como uma plataforma para reforçar sua autoimagem, muitas vezes ignorando as necessidades de escuta e conexão genuína com o outro.
Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Convencida nos ensina sobre a importância de equilibrar a autovalorização com a escuta ativa. Em sua forma desequilibrada, ela pode afastar interlocutores ao monopolizar o espaço do diálogo. No entanto, quando ajustada, essa polaridade nos lembra do valor de reconhecer nossas próprias qualidades e expressar nossas conquistas de forma saudável, sem deixar de ouvir e valorizar os outros.
Aplicando:
Ao interpretar A Convencida no jogo, é essencial demonstrar uma postura autossuficiente e centrada em si mesma, destacando suas qualidades, realizações ou conhecimentos. Imagine-se como alguém que transforma o diálogo em uma palestra, onde o foco principal está em enaltecer suas próprias contribuições, enquanto demonstra pouco interesse em ouvir ou integrar as opiniões dos outros. A Convencida utiliza o diálogo como uma plataforma para reforçar sua imagem, sem se preocupar em dar espaço ou validar as perspectivas alheias.
Na prática, um jogador que representa A Convencida deve adotar uma postura de confiança exagerada, trazendo exemplos ou argumentos que exaltem suas capacidades e minimizem a necessidade de colaboração. Por exemplo, em um tema como “Liderança”, ela pode relatar suas próprias experiências ou destacar suas ideias como as únicas verdadeiramente relevantes, ignorando o que foi dito pelos demais.
Exemplo de fala no diálogo:
“Liderança é algo natural para mim. Sempre que lidero equipes, os resultados são excepcionais, porque eu realmente sei como organizar as pessoas e criar estratégias que funcionam. É por isso que acredito que minha abordagem é a mais eficaz.”
Aqui, A Convencida domina o espaço do diálogo com um discurso que valoriza suas próprias qualidades, enquanto demonstra desinteresse em considerar as contribuições dos outros.
Refletindo:
Perguntas de auto-investigação:
Em quais momentos da minha vida sinto a necessidade de ser admirado ou reconhecido?
Como me sinto quando percebo que alguém está falando mais sobre si mesmo em um diálogo?
Existe algo que eu esteja tentando provar ou compensar ao destacar minhas qualidades?
Quais impactos minha postura de autovalorização pode ter em minhas relações pessoais e profissionais?
Como seria um diálogo onde eu harmonizasse minha necessidade de reconhecimento com a disposição de ouvir e aprender com os outros?
Equilibrando:
Praticando a Escuta Ativa: Durante uma semana, estabeleça a meta de ouvir atentamente pelo menos 70% do tempo em cada diálogo, reservando seus comentários para enriquecer a conversa, não para dominá-la.
Valorizando as Contribuições Alheias: Em cada interação, destaque pelo menos dois pontos interessantes ou válidos trazidos pelo outro antes de compartilhar sua própria perspectiva.
Autoestima Interna: Reflita sobre suas conquistas pessoais em um diário, reconhecendo seu valor de forma privada, sem depender da validação externa para sentir-se relevante.
Espaço Compartilhado: Pratique dividir o tempo de fala em diálogos importantes, garantindo que outras vozes sejam ouvidas e respeitadas.
Feedback Construtivo: Experimente pedir feedback sincero de pessoas próximas sobre como elas percebem sua presença em conversas, e use essas informações para ajustar sua postura.
2B A Humilde
Entendendo:
A Humilde é a expressão de uma força psicológica que valoriza profundamente a escuta e a abertura para as ideias dos outros. Para ela, o diálogo é uma oportunidade de aprendizado e conexão, onde a própria voz é apenas uma parte de um todo maior. Essa polaridade reflete uma disposição para reconhecer as contribuições alheias e para admitir as próprias limitações sem resistência, criando um ambiente de confiança e receptividade.
Psicologicamente, A Humilde pode estar ligada a vivências de valorização da empatia e da colaboração, que reforçam a importância de ouvir ativamente. No entanto, ao evitar se expor, ela pode negligenciar suas próprias necessidades de atenção e apreciação, tornando-se vulnerável a ser ignorada ou subestimada.
Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), A Humilde é um exemplo de como a escuta ativa e a aceitação podem transformar o diálogo em um espaço de acolhimento e crescimento mútuo. Quando equilibrada, ela nos ensina a importância de valorizar tanto o que o outro diz quanto nossa própria contribuição, promovendo uma troca genuína.
Aplicando:
Ao interpretar A Humilde no jogo, é essencial demonstrar uma postura receptiva e aberta, aceitando ativamente as opiniões e os pontos de vista dos outros. Imagine-se como alguém que vê o diálogo como uma oportunidade para aprender e valorizar as perspectivas alheias, colocando a escuta no centro da interação. A Humilde acolhe as contribuições com sinceridade, demonstrando interesse genuíno em compreender e respeitar as experiências e pensamentos de todos no grupo.
Na prática, um jogador que representa A Humilde deve priorizar a escuta ativa e reagir de maneira que valide e amplie as ideias apresentadas pelos outros. Por exemplo, em um tema como “Liderança”, ela pode destacar como diferentes estilos de liderança têm valor, mostrando-se disposta a incorporar as contribuições do grupo em sua visão.
Exemplo de fala no diálogo:
“Eu gostei muito do que você falou sobre liderança democrática. Acho que realmente promove um senso de igualdade e respeito. Nunca tinha pensado nisso dessa forma antes, e me fez perceber como esse modelo pode ser eficaz.”
Aqui, A Humilde demonstra escuta ativa e acolhimento, valorizando a perspectiva apresentada e reconhecendo o aprendizado proporcionado pelo diálogo.
Refletindo:
Perguntas de auto-investigação:
Em quais momentos da minha vida me sinto mais conectado ao desejo de ouvir e compreender os outros?
Como me sinto ao perceber que minha voz não está sendo ouvida em um diálogo?
Existe algo que eu esteja evitando ao não me colocar como protagonista em uma conversa?
Quais impactos minha postura receptiva tem em minhas relações pessoais e profissionais?
Como seria um diálogo onde minha disposição de ouvir estivesse equilibrada com minha capacidade de expressar minha própria opinião?
Equilibrando:
Exercício de Protagonismo: Durante uma semana, pratique compartilhar sua perspectiva em diálogos importantes, mesmo que não se sinta completamente seguro. Reconheça que sua opinião também é valiosa.
Autoafirmação Diária: Antes de cada interação, lembre-se de que sua voz é uma contribuição única e merece ser ouvida tanto quanto as dos outros.
Definindo Limites: Reflita sobre situações onde você pode ter se sobrecarregado emocionalmente ao priorizar a escuta. Pratique dizer “não” ou redirecionar a conversa quando necessário.
Tempo Igualitário: Durante conversas, estabeleça um equilíbrio entre ouvir e falar. Experimente dividir o tempo de fala com outra pessoa para se acostumar a compartilhar seu espaço.
Reconhecimento Interno: Liste suas habilidades e conquistas em um caderno, reforçando para si mesmo o valor de sua contribuição, independentemente do reconhecimento externo.
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