Conheça o arquétipo 9

Representado pelas polaridades A “O Do-contra” e B “O Apoiador”.

9A O Do-contra

Entendendo:
O Do-contra é a expressão de uma força psicológica que valoriza a independência e a autenticidade acima do pertencimento. Para ele, o diálogo é um paradoxo, onde seu papel é questionar e desafiar os consensos estabelecidos. Essa polaridade reflete uma necessidade de se diferenciar, frequentemente assumindo posições contrárias apenas para enfatizar sua singularidade ou sua recusa em ser influenciado.

Psicologicamente, O Do-contra pode estar ligado a experiências em que a conformidade foi forçada ou desencorajada, levando-o a valorizar a oposição como uma forma de afirmação pessoal. No entanto, essa postura pode aliená-lo de conexões mais profundas e limitar sua capacidade de colaborar e construir em conjunto.

Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), O Do-contra nos desafia a reconhecer o valor de questionar normas e trazer perspectivas alternativas. No entanto, ele nos lembra que a oposição constante sem fundamento pode criar distâncias e dificultar a construção de diálogos produtivos.

Aplicando:
Ao interpretar O Do-contra no jogo, é essencial demonstrar uma postura de oposição constante, buscando desafiar as ideias apresentadas e recusando-se a concordar com as opiniões alheias. Imagine-se como alguém que vê o diálogo como uma arena para questionar, sempre apresentando argumentos. O Do-contra utiliza o contraste de ideias como sua principal estratégia, posicionando-se como um opositor ativo, mesmo sem necessariamente acreditar nas críticas que faz.

Na prática, um jogador que representa O Do-contra deve focar em identificar pontos de discordância em cada contribuição e propor contrapontos que dificultem a construção de um consenso. Por exemplo, em um tema como “Soluções para a Educação”, ele pode criticar propostas apresentadas pelo grupo e argumentar que ideias diferentes ou mais radicais seriam necessárias.

Exemplo de fala no diálogo:
“Eu não acho que investir em escolas públicas seja a solução real. Já tentaram isso várias vezes e os resultados continuam os mesmos. Talvez o problema seja o modelo inteiro, e não apenas os recursos.”

Aqui, O Do-contra reforça sua estratégia de oposição ao criticar as propostas apresentadas e introduzir uma ideia conflitante, criando um diálogo que desafia o grupo a reconsiderar suas posições.

Refletindo:

Perguntas de auto-investigação:

  • Em quais momentos da minha vida sinto a necessidade de questionar ou desafiar ideias aceitas?

  • Como me sinto ao perceber que minha postura contrária pode afastar outras pessoas?

  • Existe algo que eu esteja tentando proteger ou afirmar ao adotar uma abordagem de oposição?

  • Quais impactos minha postura provocadora tem em minhas relações pessoais e profissionais?

  • Como seria um diálogo onde eu equilibrasse minha necessidade de desafiar com a disposição de construir em conjunto?

Equilibrando:

  1. Reconhecendo Pontos Positivos: Durante uma semana, antes de questionar uma ideia, identifique ao menos um aspecto positivo dela e expresse isso no diálogo.

  2. Explorando Colaborações: Pratique reformular seus desafios como convites à reflexão, em vez de oposições absolutas. Por exemplo, use frases como: “E se considerarmos também…”

  3. Valor na Concordância: Identifique um tema onde você possa genuinamente concordar com o outro e pratique expressar essa concordância com clareza e sinceridade.

  4. Autoavaliação de Intenções: Pergunte-se, antes de adotar uma postura contrária: “Estou realmente buscando expandir a conversa ou apenas afirmando minha independência?”

  5. Construindo Pontes: Experimente integrar uma perspectiva contrária à sua em uma proposta mista, que valorize tanto o desafio quanto a colaboração.

9B O Apoiador

Entendendo:
O Apoiador é a expressão de uma força psicológica que valoriza o pertencimento e a parceria acima da individualidade. Para ele, o diálogo é um incentivo, onde sua principal motivação é encorajar os outros a expressarem suas verdades e explorarem suas ideias. Essa polaridade reflete uma necessidade de criar um ambiente acolhedor e seguro, onde todas as vozes se sintam ouvidas e respeitadas.

Psicologicamente, O Apoiador pode estar associado a experiências positivas de colaboração, em que o incentivo mútuo foi essencial para alcançar resultados ou construir conexões significativas. Ele se dedica a promover a harmonia e a aceitação, mas, quando desequilibrado, pode priorizar tanto os outros que acaba negligenciando suas próprias opiniões ou necessidades.

Sob a perspectiva da Comunicação Não Violenta (CNV), O Apoiador nos lembra do poder do encorajamento como uma ferramenta para fortalecer relações e criar diálogos mais inclusivos. No entanto, ele também nos ensina que é importante manter o equilíbrio entre apoiar os outros e expressar nossa autenticidade.

Aplicando:
Ao interpretar O Apoiador no jogo, é essencial demonstrar uma postura encorajadora e acolhedora, incentivando as pessoas a expressarem suas verdades e opiniões. Imagine-se como alguém que utiliza o diálogo para criar um espaço seguro e motivador, onde todos se sintam à vontade para compartilhar suas perspectivas. O Apoiador reforça a importância de cada contribuição, mostrando interesse genuíno pelas ideias apresentadas e encorajando os outros a se posicionarem com confiança.

Na prática, um jogador que representa O Apoiador deve focar em motivar os participantes a exporem seus pensamentos, mesmo que sejam hesitantes ou tenham opiniões divergentes. Por exemplo, em um tema como “Inclusão Social”, ele pode incentivar alguém que parece reticente a compartilhar sua visão, reforçando o valor dessa participação para o grupo.

Exemplo de fala no diálogo:
“Eu acho que o que você tem a dizer pode trazer uma perspectiva única para essa discussão. Gostaria muito de ouvir sua opinião, se você se sentir à vontade para compartilhar.”

Aqui, O Apoiador promove um ambiente de aceitação e estímulo, incentivando as pessoas a se expressarem de forma autêntica e valorizando a diversidade de ideias no diálogo.

Refletindo:

Perguntas de auto-investigação:

  • Em quais momentos da minha vida sinto maior prazer em apoiar e motivar os outros?

  • Como me sinto ao perceber que minha postura encorajadora ajuda a fortalecer as conexões e a confiança no diálogo?

  • Existe algo que eu esteja evitando ao priorizar o apoio aos outros em vez de expressar minhas próprias opiniões?

  • Quais impactos minha postura de incentivo tem em minhas relações pessoais e profissionais?

  • Como seria um diálogo onde meu encorajamento fosse equilibrado com a disposição de compartilhar minhas próprias ideias?

Equilibrando:

  1. Expressando Suas Opiniões: Durante uma semana, comprometa-se a compartilhar uma perspectiva pessoal em cada conversa, além de oferecer apoio aos outros.

  2. Reconhecendo Sua Importância: Reflita sobre suas contribuições nos diálogos e reconheça que elas também são valiosas para o progresso coletivo.

  3. Estabelecendo Limites: Identifique situações onde você pode estar se sobrecarregando emocionalmente ao priorizar o incentivo aos outros e pratique dizer “não” ou ajustar suas expectativas.

  4. Celebrando a Autenticidade: Escolha um tema importante para você e pratique expressar sua visão de forma clara e confiante, enquanto continua a acolher as opiniões dos outros.

  5. Incentivo Recíproco: Peça feedback sincero de pessoas próximas sobre como elas percebem suas contribuições, e use isso para ajustar o equilíbrio entre apoiar e se posicionar.